segunda-feira, 30 de maio de 2011

in memorian


Hoje o Brasil, e o mundo, passam por uma nova espécie de movimentação pública, onde o digital consegue alcançar e mobilizar mais pessoas do que qualquer outra movimentação. A geração passada, que teve os caras pintadas que fizeram muito pela conquista e manutenção da democracia, bradam que falta da geração Y essa mobilização, esse sentimento de sair as ruas e lutar por seus direitos e conquistas.
Mas o momento é outro, e a mobilização se dá de outra forma. Nos dias atuais a revolução se dá no quarto dos jovens. E não há como desqualificar essa movimentação, ou minimizar seu impacto na sociedade e na mídia. Antes a mídia fabricava seus mitos; hoje os mitos são criados por si só, e propagados pelas ferramentas de mídia social. E esta movimentação têm sido tão importante, que a Forbes leva em conta o poder "social" de artistas e personalidades na elaboração de seus rankings. A Billboard, parada mundial de musicas, incluiu também em seus rankings o poder "social" destes artistas.
Mas, historicamente, não devemos e nem podemos tratar como irrelevante tudo que as gerações que nos precedeu fez. É nossa história, e somos produto disso. O que o Senado faz neste momento, retirando as imagens que retratam o impeachment de Fernando Collor do "Tunel do Tempo" - espécie de mostra dos momentos históricos do país -, é no mínimo uma falta de respeito. E, com a argumentação do Ilustríssimo Sarney: "Não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Agira, eu acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente e não devia ter acontecido na história do Brasil. Não é tão marcante como foram os fatos que aqui estão contados, que construíram as histórias e não os que de certo modo não deviam ter acontecido".
Ainda bem, temos os livros de história.

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